Viva a Faixa! completa um ano registrando queda no número de atropelamentos com morte
O que há pouco mais de um ano parecia uma condenação, hoje se transveste de esperança. Atropelada por um carro enquanto atravessava uma faixa de segurança em 24 de maio de 2011, Luiza Helena Toledo de Moraes, 6 anos, passou 125 dias hospitalizada – sendo que, em 56 deles, esteve na UTI, entre a vida e a morte.
Hoje, a menina ainda convive com sequelas do trauma neurológico, mas se afasta dia a dia dos prognósticos assustadores que apontavam para uma vida vegetativa. Ela ri, comunica-se por meio de sinais, fica em pé com auxílio e sua vocalização promete que, um dia, voltará ter a habilidade da fala.
Em paralelo à impressionante recuperação de Luiza, vem o bom exemplo demonstrado pela comunidade santa-mariense desde que a campanha do Grupo RBS que a menina inspirou ganhou as ruas. A campanha Viva a Faixa! deu resultado nos primeiros meses. O número de mortes por atropelamento em Santa Maria caiu 68% já no final de 2011 (veja quadro).
Em 2012, ninguém foi atropelado na faixa
Todas as vidas perdidas têm o mesmo valor, mas hoje quem participou da campanha pode celebrar o resultado positivo de uma ação educativa, que visa a conscientizar motoristas e pedestres sobre a importância de transformar a faixa de segurança num lugar realmente seguro. De todos os acidentes registrados desde o início da Viva a Faixa!, apenas dois ocorreram sobre faixas de pedestres. É o mesmo número de maio de 2011, quando o padre Bernardino Trevisan morreu em frente a um supermercado da Avenida Dores, cinco dias antes do acidente que feriu gravemente Luiza. Em 2012, ninguém perdeu a vida na zona de segurança.
Para os especialistas, os dados mostram que a Viva a Faixa! sensibilizou boa parte do público-alvo.
– Foi uma campanha significativa em termos de redução dos acidentes fatais tanto em função dos motoristas, que passaram a respeitar a faixa, quanto dos pedestres, que passaram a usá-la, além do poder público que as mantém bem sinalizadas – elogiou o professor do Departamento de Transportes da UFSM e consultor técnico da iniciativa, Carlos Kümmel Félix.
O capitão Elton Colussi, comandante da 2ª Companhia Rodoviária da Brigada Militar de Santa Maria, destaca o papel dos motoristas no processo de redução das estatísticas. Segundo ele, apesar da resistência de muitos em parar nas faixas localizadas em rodovias estaduais, dado ao risco de colisões traseiras, os condutores têm respeitado a regra prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro.
– Acho que ainda vamos chegar ao nível de não acontecer mais mortes por atropelamento – acredita Colussi.
O programa Supersábado Cidades, que vai ao ar neste sábado, às 8h10min, na Rádio Gaúcha, debaterá os resultados da campanha. O Jornal do Almoço também mostrará reportagem sobre a Viva a Faixa! ao meio-dia deste sábado.
TATIANA PY DUTRAHoje, a menina ainda convive com sequelas do trauma neurológico, mas se afasta dia a dia dos prognósticos assustadores que apontavam para uma vida vegetativa. Ela ri, comunica-se por meio de sinais, fica em pé com auxílio e sua vocalização promete que, um dia, voltará ter a habilidade da fala.
Em paralelo à impressionante recuperação de Luiza, vem o bom exemplo demonstrado pela comunidade santa-mariense desde que a campanha do Grupo RBS que a menina inspirou ganhou as ruas. A campanha Viva a Faixa! deu resultado nos primeiros meses. O número de mortes por atropelamento em Santa Maria caiu 68% já no final de 2011 (veja quadro).
Em 2012, ninguém foi atropelado na faixa
Todas as vidas perdidas têm o mesmo valor, mas hoje quem participou da campanha pode celebrar o resultado positivo de uma ação educativa, que visa a conscientizar motoristas e pedestres sobre a importância de transformar a faixa de segurança num lugar realmente seguro. De todos os acidentes registrados desde o início da Viva a Faixa!, apenas dois ocorreram sobre faixas de pedestres. É o mesmo número de maio de 2011, quando o padre Bernardino Trevisan morreu em frente a um supermercado da Avenida Dores, cinco dias antes do acidente que feriu gravemente Luiza. Em 2012, ninguém perdeu a vida na zona de segurança.
Para os especialistas, os dados mostram que a Viva a Faixa! sensibilizou boa parte do público-alvo.
– Foi uma campanha significativa em termos de redução dos acidentes fatais tanto em função dos motoristas, que passaram a respeitar a faixa, quanto dos pedestres, que passaram a usá-la, além do poder público que as mantém bem sinalizadas – elogiou o professor do Departamento de Transportes da UFSM e consultor técnico da iniciativa, Carlos Kümmel Félix.
O capitão Elton Colussi, comandante da 2ª Companhia Rodoviária da Brigada Militar de Santa Maria, destaca o papel dos motoristas no processo de redução das estatísticas. Segundo ele, apesar da resistência de muitos em parar nas faixas localizadas em rodovias estaduais, dado ao risco de colisões traseiras, os condutores têm respeitado a regra prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro.
– Acho que ainda vamos chegar ao nível de não acontecer mais mortes por atropelamento – acredita Colussi.
O programa Supersábado Cidades, que vai ao ar neste sábado, às 8h10min, na Rádio Gaúcha, debaterá os resultados da campanha. O Jornal do Almoço também mostrará reportagem sobre a Viva a Faixa! ao meio-dia deste sábado.
GERMANO RORATO, ESPECIAL 4/07/12
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