Felipe da Silva Rodrigues, 19 anos, atropelado na faixa, teve morte cerebral confirmada na sexta
Atropelado na manhã do último dia 4 por uma motocicleta enquanto atravessava a faixa de segurança na Avenida Walter Jobim, o jovem Felipe da Silva Rodrigues, 19 anos, teve a morte cerebral confirmada na manhã de sexta-feira. É a primeira morte por atropelamento sobre a faixa de segurança em 2012.
Rodrigues, que atuava em serviços gerais, ficou internado por 10 dias em estado grave no Centro de Tratamento Intensivo Neurológico do Hospital de Caridade. Na sexta, quando veio a confirmação da morte cerebral, os pais do jovem tomaram uma decisão imediata: doar os órgãos do filho.
A decisão também foi motivada por um drama vivido pela própria família. A tia de Rodrigues, Vera Lúcia da Silva Borba, tem seis filhos. Cinco deles tiveram insuficiência renal crônica, um problema congênito que só não se manifestou na filha mais velha. Os filhos Lucas, Leonardo e César já receberam um novo rim – sendo que a doadora de César foi a própria mãe, em 2008. A mudança na vida dos filhos é tratada como um renascimento por Vera Lúcia, que agora aguarda a entrada de duas filhas na fila para o transplante.
A doação dos órgãos de Rodrigues não deve favorecer diretamente a vida das meninas agora – até porque há uma fila de espera nacional para transplantes. Porém, os pais do jovem querem colaborar para que outras pessoas deixem de conviver com problemas de saúde enfrentados há anos. O pai do jovem atropelado, Claudiomiro Rodrigues, 42, diz que a decisão foi tomada a partir do sentimento de compaixão.
– Se, futuramente, pudermos saber quem recebeu a córnea, o rim, ou outros órgãos do meu filho, vai ser como se ele estivesse ali também – afirma.
Nos 10 dias em que esteve internado no Hospital de Caridade, Rodrigues foi submetido a vários exames, que mostraram danos cerebrais sem chance de reversão. Emocionado, o pai fala do filho:
– Ele gostava muito de estar com os amigos, era brincalhão. Estudava à noite e gostava de uma festa, mas nunca gostou de beber nem de fumar.
Equipe de transplantes de Porto Alegre deve ser acionada
Na tarde de sexta, a família de Rodrigues finalizava a assinatura de um termo que autoriza a doação dos órgãos do jovem (o que deveria ocorrer ainda na sexta). Para isso, uma equipe de transplantes de Porto Alegre seria deslocada de helicóptero até Santa Maria. A equipe realizaria o procedimento à noite, o que não havia ocorrido até o fechamento desta edição. Os órgãos devem ser armazenados em recipientes especiais para garantir a conservação e a utilização em pessoas que aguardam por transplante.
EDUARDO COVALESKY DIASRodrigues, que atuava em serviços gerais, ficou internado por 10 dias em estado grave no Centro de Tratamento Intensivo Neurológico do Hospital de Caridade. Na sexta, quando veio a confirmação da morte cerebral, os pais do jovem tomaram uma decisão imediata: doar os órgãos do filho.
A decisão também foi motivada por um drama vivido pela própria família. A tia de Rodrigues, Vera Lúcia da Silva Borba, tem seis filhos. Cinco deles tiveram insuficiência renal crônica, um problema congênito que só não se manifestou na filha mais velha. Os filhos Lucas, Leonardo e César já receberam um novo rim – sendo que a doadora de César foi a própria mãe, em 2008. A mudança na vida dos filhos é tratada como um renascimento por Vera Lúcia, que agora aguarda a entrada de duas filhas na fila para o transplante.
A doação dos órgãos de Rodrigues não deve favorecer diretamente a vida das meninas agora – até porque há uma fila de espera nacional para transplantes. Porém, os pais do jovem querem colaborar para que outras pessoas deixem de conviver com problemas de saúde enfrentados há anos. O pai do jovem atropelado, Claudiomiro Rodrigues, 42, diz que a decisão foi tomada a partir do sentimento de compaixão.
– Se, futuramente, pudermos saber quem recebeu a córnea, o rim, ou outros órgãos do meu filho, vai ser como se ele estivesse ali também – afirma.
Nos 10 dias em que esteve internado no Hospital de Caridade, Rodrigues foi submetido a vários exames, que mostraram danos cerebrais sem chance de reversão. Emocionado, o pai fala do filho:
– Ele gostava muito de estar com os amigos, era brincalhão. Estudava à noite e gostava de uma festa, mas nunca gostou de beber nem de fumar.
Equipe de transplantes de Porto Alegre deve ser acionada
Na tarde de sexta, a família de Rodrigues finalizava a assinatura de um termo que autoriza a doação dos órgãos do jovem (o que deveria ocorrer ainda na sexta). Para isso, uma equipe de transplantes de Porto Alegre seria deslocada de helicóptero até Santa Maria. A equipe realizaria o procedimento à noite, o que não havia ocorrido até o fechamento desta edição. Os órgãos devem ser armazenados em recipientes especiais para garantir a conservação e a utilização em pessoas que aguardam por transplante.
CLAUDIO VAZ 4/09/12
Divulgação
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