segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Médica chegava a viajar três vezes por semana para Santa Maria



Tatiana Remus da Silva morreu em acidente na rodovia que liga Agudo a Restinga Seca

Roberto Witter 
Segunda mais velha de uma família de quatro irmãos, a médica Tatiana Remus, 30 anos, planejava ingressar em 2013 na residência médica. O sonho era ser anestesista. Durante o curso, aproveitaria também para ficar mais perto da família e dos amigos. Mas tudo acabou abreviado na manhã desta segunda-feira. Às 8h30min ela perdeu o controle da Courier que dirigia. O veículo capotou e caiu em um barranco, às margens da RSC — 287, em Agudo, na Região Central.
Segundo familiares, Tatiana aproveitava a distância de apenas 90 km entre Santa Maria e Cerro Branco, onde trabalhava, para ir com frequência até a casa onde moravam os pais e uma das irmãs.

— Ela chegava a vir três vezes por semana. Era muito grudada nos nossos pais e nos avós. Também tinha muitos amigos aqui, já que a gente sempre morou em Santa Maria — conta a irmã, Tássia Remus.
Tatiana concluiu a faculdade de medicina na Universidade de Passo Fundo (UPF) no final do ano passado e desde dezembro trabalhava na prefeitura de Cerro Branco.
— Ela era muito séria e dedicada ao trabalho. Amava a profissão dela — lembra Tássia.
Durante a semana, a médica atendia no posto de saúde da cidade. Durante os fins de semana, fazia plantões no hospital do município.
— Apesar de ter chegado há pouco no município e ser uma pessoa bem reservada, ela já tinha diversos amigos. Era muito querida pelos colegas e também pelos pacientes. Alguns ela tinha uma relação um pouco maior, por acompanhar em tratamentos. Com certeza vai fazer muita falta — conta Carmem amaral, enfermeira na Unidade básica de Saúde da cidade.
A médica saiu pela manhã de casa. A Courier que dirigia era da mãe, já que ela havia deixado o carro em Santa Maria para realizar um conserto.
— O carro que ela comprou recentemente tinha air bag, era mais seguro. Infelizmente, nesta vez, ela foi no da mãe, que não tem nada disso — lamenta a irmã.
ZERO HORA
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Foto:  Arquiivo Pessoal  /  Arquiivo Pessoal

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