Cuidados com manutenção de calçadas e boa sinalização estão entre os pedidos no Dia Nacional do Pedestre
É uma data quase desconhecida e pouco valorizada: 8 de agosto é o Dia Nacional do Pedestre. Para tentar amenizar a injustiça da desatenção à data dedicada a esse importante ator do trânsito, o Diário foi às ruas para perguntar a 10 pedestres qual presente eles gostariam de ganhar em relação ao trânsito. Os pedidos, variados, foram endereçados principalmente aos motoristas e à prefeitura.
Aos primeiros, os entrevistados pediram, se não prioridade, respeito – especialmente em locais carentes de sinalização. Ao poder público, a solicitação foi justamente de reforço de sinalização, que inclui aumento do número de faixas de segurança e ampliação do número de semáforos para pedestres, além da manutenção de calçadas.
Para esses, a prefeitura tem novidades. Segundo o secretário adjunto de Controle e Mobilidade Urbana, Sílvio Souza, a prefeitura deve instalar sinaleiras para pedestres em pelo menos cinco pontos da cidade nos próximos meses. Os locais não foram revelados, mas seriam de grande movimentação de pessoas e veículos. Sobre a instalação de faixas de pedestres na periferia da cidade, Souza informa que foi dada prioridade a locais de muito movimento, como na frente de escolas.
– Damos prioridade às zonas mais movimentadas. Não queremos banalizar o uso da faixa. Colocando-a onde não é necessária, há risco de ela ser ainda mais desrespeitada. Mas qualquer pessoa que quiser sugerir locais para sinalização pode comparecer à secretaria para conversarmos – diz Souza, acrescentando que a Secretaria de Controle e Mobilidade Urbana fica no 4º andar do Centro Administrativo Municipal.
A lei deve ser respeitada por todos
Além de cobranças ao poder público, entre os entrevistados houve os que consideraram pedir presentes para outros pedestres, em nome da paz no trânsito. Para a cuidadora de idosos Maria de Fátima Müller, 56 anos, nem todos os pedestres têm “moral” para cobrar paciência dos motoristas.
– Alguns (pedestres) se atiram na frente dos carros sem cuidado algum. A educação deve partir de todos – diz.
Mauri Panitz, consultor de trânsito e professor de engenharia de trânsito da PUC-RS, concorda. Segundo ele, a “legislação de transito é uma sopa de letrinhas que ninguém consegue ler”, já que, apesar de campanhas educativas como a Viva a Faixa!, do Diário, que completou um ano no dia 7 de julho, muitos acreditam que a lei é para os outros.
– É preciso ter discernimento para usar o trânsito, cuidar de si e dos outros. Um pedestre não pode atravessar a rua, mesmo na faixa, se um carro vem correndo e não dá sinal que vai parar. Por outro lado, a obrigação do motorista é dar preferência ao pedestre na faixa, que deve estar bem pintada e sinalizada pelo poder público. A paz no trânsito é trabalho de todos – diz Panitz.
TATIANA PY DUTRAAos primeiros, os entrevistados pediram, se não prioridade, respeito – especialmente em locais carentes de sinalização. Ao poder público, a solicitação foi justamente de reforço de sinalização, que inclui aumento do número de faixas de segurança e ampliação do número de semáforos para pedestres, além da manutenção de calçadas.
Para esses, a prefeitura tem novidades. Segundo o secretário adjunto de Controle e Mobilidade Urbana, Sílvio Souza, a prefeitura deve instalar sinaleiras para pedestres em pelo menos cinco pontos da cidade nos próximos meses. Os locais não foram revelados, mas seriam de grande movimentação de pessoas e veículos. Sobre a instalação de faixas de pedestres na periferia da cidade, Souza informa que foi dada prioridade a locais de muito movimento, como na frente de escolas.
– Damos prioridade às zonas mais movimentadas. Não queremos banalizar o uso da faixa. Colocando-a onde não é necessária, há risco de ela ser ainda mais desrespeitada. Mas qualquer pessoa que quiser sugerir locais para sinalização pode comparecer à secretaria para conversarmos – diz Souza, acrescentando que a Secretaria de Controle e Mobilidade Urbana fica no 4º andar do Centro Administrativo Municipal.
A lei deve ser respeitada por todos
Além de cobranças ao poder público, entre os entrevistados houve os que consideraram pedir presentes para outros pedestres, em nome da paz no trânsito. Para a cuidadora de idosos Maria de Fátima Müller, 56 anos, nem todos os pedestres têm “moral” para cobrar paciência dos motoristas.
– Alguns (pedestres) se atiram na frente dos carros sem cuidado algum. A educação deve partir de todos – diz.
Mauri Panitz, consultor de trânsito e professor de engenharia de trânsito da PUC-RS, concorda. Segundo ele, a “legislação de transito é uma sopa de letrinhas que ninguém consegue ler”, já que, apesar de campanhas educativas como a Viva a Faixa!, do Diário, que completou um ano no dia 7 de julho, muitos acreditam que a lei é para os outros.
– É preciso ter discernimento para usar o trânsito, cuidar de si e dos outros. Um pedestre não pode atravessar a rua, mesmo na faixa, se um carro vem correndo e não dá sinal que vai parar. Por outro lado, a obrigação do motorista é dar preferência ao pedestre na faixa, que deve estar bem pintada e sinalizada pelo poder público. A paz no trânsito é trabalho de todos – diz Panitz.
GERMANO RORATO, ESPECIAL
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